Olá, pessoal! Depois de algum
tempo –por falta do mesmo-, volto aqui, com o intuito de tentar desenrolar
algumas coisas. Elas insistem em martelar a minha mente e, como eu uso o meu
blog com a finalidade de desenvolver assuntos, meus, direta ou indiretamente; e
mesmo que eu evite expor as minhas particularidades; hoje eu resolvi abrir mais
uma exceção. Eu vou tentar ser mais objetivo possível.
Eu me decepcionei. Parece ser uma
coisa banal, simples e é, pois todo mundo já se decepcionou algum dia; o que
difere, é o grau de valores que cada ser humano possui. Pensando assim, eu
costumo agir da seguinte maneira: eu cresci, ouvindo que devemos fazer o bem, ajudar
uns aos outros, lidar com as pessoas de forma satisfatória, pois assim, eu
teria um retorno melhor do mundo, e isso é um fato, eu ainda acredito. Infelizmente;
ou não, eu não me permito ir além, no sentido de expor a minha situação, mais
do que eu devo, então, vou mandar a mensagem a quem precisará entendê-la.
Por mais que eu reclame, por mais
que, às vezes, eu queira largar e sair; eu mantenho sempre os meus pés no chão
e fico, e aceito. Certa vez, eu ouvi da minha mãe, algo que me marcou muito. Assim
que eu nasci, uma vizinha e, amiga dela, percebeu a má situação, na qual a
minha mãe se encontrava e perguntou se ela me “daria” para ela. Em situações
assim, hoje em dia, entregar um filho a qualquer pessoa, ficou banal,
infelizmente. Há que se respeitar tudo e todos, por isso, não quero julgar
ninguém. O importante dessa história, a minha história, é que a minha mãe
respondeu o seguinte: “eu entendo a sua intenção e agradeço. Eu como pedra, mas
não dou meu filho a ninguém!”. Isso me emociona, muito! Apesar de todos os conflitos
que eu e ela já tivemos, e não foram poucos, tampouco suaves, ela nunca deu a
entender que me queria longe e/ou nunca me mandou sair de casa. Enfatizava: “se
for para passar por um problema, que passemos juntos”.
Essa decepção se deu, a partir de
uma frase infeliz, que eu acabei lendo, por acidente. Frase essa, a qual eu
nunca faria, se fosse a respeito do seu bem maior, sim, sabe qual é o seu bem
maior? Eu sei qual é o meu, e ELA sabe que eu sou o bem maior dela. Às vezes, a
gente se pega meio impaciente, mas respeitar é preciso, ter consideração é
preciso. Ser grato, assim como eu estou sendo, é muito importante!
Certamente você já disse: "caramba, que decepção... Jamais
poderia esperar isso desta pessoa..."
Na realidade, a pessoa em
questão, a que causou a decepção, pode estar isenta de qualquer maldade pela
sua atitude. O problema maior está em nossos valores e na forma de como
queremos que as pessoas sejam ou nos vejam.
Primeiro vamos analisar a palavra
decepção. Para mim ela é formada por decepar a ação. Eu quero vê-la assim; eu a
sinto assim. Cada um pode encontrar a sua verdade na comunicação que faz com as
pessoas. As palavras são verdadeiros torpedos de energia potencializadas pelo
que estamos vivenciando e, portanto, sentindo naquele momento. Se a energia é
boa a palavra fica suave. Se for ruim pode funcionar até como uma verdadeira
pedrada.
Decepção, para mim, conforme
frisei acima, determina o final de uma etapa ou da maneira de se ver a mesma
coisa. Depois de muito estudar, eu fico com a segunda hipótese. Não é
recomendável sofrer pelo que causamos a nós mesmos. A dor é inevitável, mas o
sofrimento é opcional. Trata-se da quebra de um conceito criado pela nossa
mente, invariavelmente não verdadeira. Fomos nós que construímos os valores e o
rótulo que colocamos na outra pessoa. Foram nossos conceitos que pautaram o
carinho, o amor e a amizade. Ninguém é igual a nós.
O outro só fez a parte dele. Na
realidade a pessoa sempre foi o que está demonstrando naquele momento, mas
éramos nós que não fazíamos a leitura correta de como ela realmente é em seu
interior. As adversidades da vida nos mostram outras realidades com as quais
não tínhamos contato. Muitas vezes me decepcionei. Em algumas, fiquei irritado,
mas não sabia ler a vida como sei hoje.
Sempre me cobro: “Stéfano, você
sofre porque espera demais das pessoas. Elas são elas com seus conceitos e
valores, você é você. Cada ser humano é diferente e vê a vida com sua exclusiva
evolução e entendimento. As verdades são singulares. Nas dificuldades as
pessoas mudam. Nas festas são todos iguais. A musica e o ambiente contribuem
para a harmonia do local. As pessoas dão o que podem dar. Nós é que temos
expectativas diferentes”.
Enquanto você está lendo este
texto certamente está analisando a sua vida e encontrando novamente os momentos
que te magoaram profundamente, simplesmente porque a sua expectativa não foi
recompensada conforme seu desejo.
Temos que analisar este ponto
para nos policiarmos e nunca esperarmos das pessoas aquilo que elas não
conseguem nos dar. Depois das várias lições e estudos, pude perceber, acredite:
era eu mesmo quem me feria. Nunca foram as pessoas. Elas, na realidade, nunca
me prometeram nada. Eu é que esperava mais delas.
Reconheço que foi uma batalha
bonita entre meus conceitos passados, minha cegueira e a verdade que se pode
encontrar em cada relação com o ser humano. Por isso nunca devemos considerar
uma verdade como eterna. Ela simplesmente espelha um momento, uma fração de
segundo. Depois tudo tende a se modificar porque as energias se transformam. Por
isso o termo EVOLUIR.
Muitas pessoas apenas repetem-no,
mas não entendem o real significado desta palavra. É crescer caminhando. Jamais
crescer lendo. Jamais crescer sem atitudes. Só conhecimento não gera sabedoria.
Para que possamos efetivamente saber mais temos que ter conhecimento novo e
aplicá-lo. Portanto, de hoje em diante, cabe a nós decidirmos se vamos ou não
nos decepcionar com as pessoas no futuro.
Cada um dá o que tem... Claro que
você já ouviu isso, mas nunca prestou a devida atenção na composição exata da
frase. Primeiro porque, certamente, você confundiu o dar com algo material,
pecuniário ou -mesmo-, até de sentimento. Mas, antes de sentir a gente quer
ver.
Outra frase: Ver para crer...
Pense em tudo que está em sua, na minha, em nossa volta e irá perceber que
muitas verdades estão escancaradas à nossa frente, mas insistimos em não vê-las
simplesmente porque não conseguimos decifrar a verdade pelos conceitos
ultrapassados que insistimos em adotar em nossas vidas. Nem tudo se pode ver. O
que se sente sempre supera o que se vê. A decepção é uma delas.