quinta-feira, 28 de junho de 2012

Desabafo. Eu precisava...


Olá, pessoal! Depois de algum tempo –por falta do mesmo-, volto aqui, com o intuito de tentar desenrolar algumas coisas. Elas insistem em martelar a minha mente e, como eu uso o meu blog com a finalidade de desenvolver assuntos, meus, direta ou indiretamente; e mesmo que eu evite expor as minhas particularidades; hoje eu resolvi abrir mais uma exceção. Eu vou tentar ser mais objetivo possível.

Eu me decepcionei. Parece ser uma coisa banal, simples e é, pois todo mundo já se decepcionou algum dia; o que difere, é o grau de valores que cada ser humano possui. Pensando assim, eu costumo agir da seguinte maneira: eu cresci, ouvindo que devemos fazer o bem, ajudar uns aos outros, lidar com as pessoas de forma satisfatória, pois assim, eu teria um retorno melhor do mundo, e isso é um fato, eu ainda acredito. Infelizmente; ou não, eu não me permito ir além, no sentido de expor a minha situação, mais do que eu devo, então, vou mandar a mensagem a quem precisará entendê-la.

Por mais que eu reclame, por mais que, às vezes, eu queira largar e sair; eu mantenho sempre os meus pés no chão e fico, e aceito. Certa vez, eu ouvi da minha mãe, algo que me marcou muito. Assim que eu nasci, uma vizinha e, amiga dela, percebeu a má situação, na qual a minha mãe se encontrava e perguntou se ela me “daria” para ela. Em situações assim, hoje em dia, entregar um filho a qualquer pessoa, ficou banal, infelizmente. Há que se respeitar tudo e todos, por isso, não quero julgar ninguém. O importante dessa história, a minha história, é que a minha mãe respondeu o seguinte: “eu entendo a sua intenção e agradeço. Eu como pedra, mas não dou meu filho a ninguém!”. Isso me emociona, muito! Apesar de todos os conflitos que eu e ela já tivemos, e não foram poucos, tampouco suaves, ela nunca deu a entender que me queria longe e/ou nunca me mandou sair de casa. Enfatizava: “se for para passar por um problema, que passemos juntos”.

Essa decepção se deu, a partir de uma frase infeliz, que eu acabei lendo, por acidente. Frase essa, a qual eu nunca faria, se fosse a respeito do seu bem maior, sim, sabe qual é o seu bem maior? Eu sei qual é o meu, e ELA sabe que eu sou o bem maior dela. Às vezes, a gente se pega meio impaciente, mas respeitar é preciso, ter consideração é preciso. Ser grato, assim como eu estou sendo, é muito importante!


Certamente você já disse: "caramba, que decepção... Jamais poderia esperar isso desta pessoa..."
Na realidade, a pessoa em questão, a que causou a decepção, pode estar isenta de qualquer maldade pela sua atitude. O problema maior está em nossos valores e na forma de como queremos que as pessoas sejam ou nos vejam.

Primeiro vamos analisar a palavra decepção. Para mim ela é formada por decepar a ação. Eu quero vê-la assim; eu a sinto assim. Cada um pode encontrar a sua verdade na comunicação que faz com as pessoas. As palavras são verdadeiros torpedos de energia potencializadas pelo que estamos vivenciando e, portanto, sentindo naquele momento. Se a energia é boa a palavra fica suave. Se for ruim pode funcionar até como uma verdadeira pedrada.

Decepção, para mim, conforme frisei acima, determina o final de uma etapa ou da maneira de se ver a mesma coisa. Depois de muito estudar, eu fico com a segunda hipótese. Não é recomendável sofrer pelo que causamos a nós mesmos. A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional. Trata-se da quebra de um conceito criado pela nossa mente, invariavelmente não verdadeira. Fomos nós que construímos os valores e o rótulo que colocamos na outra pessoa. Foram nossos conceitos que pautaram o carinho, o amor e a amizade. Ninguém é igual a nós.

O outro só fez a parte dele. Na realidade a pessoa sempre foi o que está demonstrando naquele momento, mas éramos nós que não fazíamos a leitura correta de como ela realmente é em seu interior. As adversidades da vida nos mostram outras realidades com as quais não tínhamos contato. Muitas vezes me decepcionei. Em algumas, fiquei irritado, mas não sabia ler a vida como sei hoje.

Sempre me cobro: “Stéfano, você sofre porque espera demais das pessoas. Elas são elas com seus conceitos e valores, você é você. Cada ser humano é diferente e vê a vida com sua exclusiva evolução e entendimento. As verdades são singulares. Nas dificuldades as pessoas mudam. Nas festas são todos iguais. A musica e o ambiente contribuem para a harmonia do local. As pessoas dão o que podem dar. Nós é que temos expectativas diferentes”.

Enquanto você está lendo este texto certamente está analisando a sua vida e encontrando novamente os momentos que te magoaram profundamente, simplesmente porque a sua expectativa não foi recompensada conforme seu desejo.

Temos que analisar este ponto para nos policiarmos e nunca esperarmos das pessoas aquilo que elas não conseguem nos dar. Depois das várias lições e estudos, pude perceber, acredite: era eu mesmo quem me feria. Nunca foram as pessoas. Elas, na realidade, nunca me prometeram nada. Eu é que esperava mais delas.

Reconheço que foi uma batalha bonita entre meus conceitos passados, minha cegueira e a verdade que se pode encontrar em cada relação com o ser humano. Por isso nunca devemos considerar uma verdade como eterna. Ela simplesmente espelha um momento, uma fração de segundo. Depois tudo tende a se modificar porque as energias se transformam. Por isso o termo EVOLUIR.

Muitas pessoas apenas repetem-no, mas não entendem o real significado desta palavra. É crescer caminhando. Jamais crescer lendo. Jamais crescer sem atitudes. Só conhecimento não gera sabedoria. Para que possamos efetivamente saber mais temos que ter conhecimento novo e aplicá-lo. Portanto, de hoje em diante, cabe a nós decidirmos se vamos ou não nos decepcionar com as pessoas no futuro.

Cada um dá o que tem... Claro que você já ouviu isso, mas nunca prestou a devida atenção na composição exata da frase. Primeiro porque, certamente, você confundiu o dar com algo material, pecuniário ou -mesmo-, até de sentimento. Mas, antes de sentir a gente quer ver.

Outra frase: Ver para crer... Pense em tudo que está em sua, na minha, em nossa volta e irá perceber que muitas verdades estão escancaradas à nossa frente, mas insistimos em não vê-las simplesmente porque não conseguimos decifrar a verdade pelos conceitos ultrapassados que insistimos em adotar em nossas vidas. Nem tudo se pode ver. O que se sente sempre supera o que se vê. A decepção é uma delas.